Faz este mês um ano que recebemos o apoio da Caixa Capital que nos permitiu focar em exclusivo no MagniFinance. Foi um ano de grande aprendizagem a todos os níveis. Apesar de todas as dificuldades que uma pequena empresa como a nossa tem de enfrentar num mercado com muita concorrência, conseguimos atingir os nossos objectivos tendo agora mais de 400 clientes.
Seria impossível detalhar num artigo tudo o que aprendemos individualmente. Há no entanto 4 pontos que gostaríamos de partilhar.
Ter um excelente software não é suficiente
Antes do apoio da Caixa Capital nós já tínhamos um excelente software de gestão financeira. Fazíamos coisas únicas, a começar pela sincronização bancária. Ainda assim o nosso crescimento não era o esperado. Ao longo deste ano confirmámos que ter um produto é muito diferente de ter um software. De nada vale ter a melhor solução se não existir um plano de marketing e vendas que consiga passar essa informação de forma clara para o grande público e uma estrutura de suporte capaz de o converter em clientes.
A nossa visão Vs todas as outras opiniões
Ter uma visão para o nosso produto é fundamental. Determina um caminho conjunto e uma estratégia para levar a empresa para um nível superior. Mas neste caminho é necessário conciliar a nossa visão interna com o feedback externo que obtemos, mantendo sempre a mente aberta para realmente ouvir os nossos clientes e parceiros. Não podemos ir atrás de tudo o que nos dizem, mas é importante ter mecanismos que permitam incorporar o feedback no nosso plano de desenvolvimento. Hoje consultamos os nossos clientes e parceiros para validar a necessidade e aceitação de futuras funcionalidades.
A importância de medir (praticamente) tudo
Inicialmente, e porque o tempo também não dava para tudo, tomávamos muitas decisões com base no nosso conhecimento e experiência mas sem informação que suportasse as nossas opiniões. Ao longo do ano fomos aperfeiçoando a recolha de informação. Que funcionalidades são mais usadas? De onde vêm os nossos clientes? Que canais de venda são mais rentáveis? Pode ser complexo responder rapidamente e com dados concretos a estas e outras perguntas aparentemente simples. É no entanto fundamental medir para validar e melhorar continuamente o caminho traçado para a empresa.
Aprender a viver com os altos e baixos
A vida numa startup é uma montanha russa de emoções. A pressão dos resultados é constante e o caminho para os atingir é incerto. Nas semanas menos conseguidas podemos ser invadidos por dúvidas que não podem passar para uma equipa que se pretende motivada e confiante. Com o passar do tempo, e ao atingir os objectivos a que nos propusemos, vamos aprendendo a conviver com esta sensação e a ultrapassar os momentos menos bons com a confiança que os resultados do passado nos vão dando.
Acreditamos que estes pontos não sejam propriamente novidade para muitas pequenas empresas, mas fica a nossa confirmação de que partilhamos esta experiência difícil mas que no fim recompensa!Resta-nos agradecer a todos os que confiaram em nós neste último ano!!
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